quarta-feira, 30 de abril de 2008

Meu Riozinho de Janeiro!!!

Bom feriado a todos! Que meu Riozinho de Janeiro me aguarda com suas mil maravilhas e os cem mil braços e abraços que hei de dar e receber nessa gente tão quirida!!!

Teresinha

O tio tigrinho apareceu por esses dias... 37, carinha de 25, bem assim! Lindo, fofo o seu moço, querido até... mas ele é um ariano bobo que acha que sabe das coisas. E eu um canceriano daqueles que sabe enganar muito bem. Ele acha que manda, eu finjo que obedeço, e quando ele se vai lá vou eu fazer tudo ao contrário. De birra! É que existem algumas coisas que não precisam ser ditas, tem coisas que a gente vai mesmo é sacando aos poucos. Essa coisa de namoro mesmo: você não namora assim, páft, namorei. Você fica, e fica de novo e de novo... até que uma hora percebe que o lance é sério mesmo... pra valer... e então constatamos um ao outro que isso é um namoro de verdade e passamos para a próxima fase. Eu não tô em hora para namorar, se bem que, é claro, não descarto. Mas estou num momento muito meu de me encontrar, de me experimentar e de tentar achar outro rumo. Não quero gaiolas. Quero afinidades... e se não rolarem afinidades também já me basta! Estou vivo e existe vida lá fora! Pronto! Tudo bem que eu vivo de ambiguidades e lidar com elas é algo complicado. Eu sou um santo, mas também não presto. E assumo tudo isso... É bom não prestar um pouquinho. É bom ser cafajeste, cachorro, sem vergonha, puta... é bom... e quem diz que não é gente recalcada. Que quando a gente não vê tá lá comendo criancinha, dando a bunda no dark room, pegando mulher dos outros... verdade! Eu creio pertencer a uma nova sociedade. Uma sociedade assumida e feliz. Em paz consigo mesmo. E por isso mesmo sei e reconheço que ainda tenho muito que viver e que aprender. Se não sozinho, com alguém que compreenda tudo isso e que se encaixe... sem perguntas nem bulas de remédio. Simplesmente por ser assim, uma metade. Por isso mesmo é que esse tio tigrinho é um querido fadado a falência. Um pobre iludido pelas minhas meiguices. Um pobre que acha que pode me pegar e me domar assim, no arreio. Que eu serei DELE, quando ainda nem sei o que é ter um dono... Pobre tiozinho!

Indagou o meu passado
E cheirou minha comida
Vasculhou minha gaveta
Me chamava de perdida
Me encontrou tão desarmada
Que arranhou meu coração
Mas não me entregava nada
E, assustada, eu disse não

Coisas que não podem ser ditas na primeira transa...

"Amor, enfia mais um dedinho?!"

"Morde com força, meu bem, vamos"

"Mete com força nesse cuzinho, vai?"

"Vai mete tudo, mete inteiro, cacete... Me arromba!!!"

"Me dá leitinho?"

"Vamos lá, meu George Clooney"

"Vai amor, me possuuuuaaaaa!!!"

terça-feira, 29 de abril de 2008

About me

Câncer adora namorar e é bom que o faça, porque câncer sem namoro firme é farra na certa. O lado B do canceriano é quase um lado C, colega. (glup!)

(por Christian Pior)


PS: E eu NAO estou namorando! Ai, falei!!!

segunda-feira, 28 de abril de 2008

Com jeito de Virada...

Eu adoro a intensidade de certos momentos e para isso não nego fogo! Agenda lotada, casa cheia, programas do luxo ao lixo são itens que me realizam completamente. O que dizer então de um finde desses?

Sexta-feira
Teve espectáculo sobre Elizete Cardoso - a divina - lá no Frei Caneca... a direção foi bem fraca, apostou em duas ou três novidades tecnológicas e foi salva pelo talento de algumas atrizes/cantoras... Uma delas em especial, a mais velha, e com uma voz cativante ficou com os clímax cantando Melodia Sentimental e Modinha, que já conhecia na voz de Bethânia, e que hão de ficar na memória... Muita Elizete Cardoso para os próximos dias!!!

Sábado
Sentimental eu sou, eu sei, eu assumo! Terminei de assistir Presença de Anita (que merece um post próprio) aos prantos. Um primor! Com direito a "me dá dez minutos" no celular... E continuei depois, na cena da morte do pai dos gêmeos da Fernanda Lima em Duas Caras que me surpreendeu... Ai ai! Até abandonei Mariana Aydar e Marina de la Riva para acompanhar... merecido!

Frase da noite: "Então, vamos encontrar algo cultural porque até agora só vi Virada". "E eu que tô louco para ver virada e até agora só vi cultural. Pode?"

Domingo
Ruiva (11:50AM): "Podemos nos encontrar ao meio-dia na República?".
Eu (12:10AM): "Agora, que acabo de acordar?"

Assistimos o Arnaldo Antunes por lá. Foi legal ver um show tranquilo lá no centro. Andar pelo centro da cidade movimentado, falando ao celular tranquilamente é uma das melhores coisas da Virada Cultural! Porque a coisa não pode ser assim pra sempre? Depois ainda teve Orquestra Imperial na São João que foi uma diversão - principalmente para eles... E quer saber: Thalma é um escândalo de mulher!!! Digníssima...

Por fim, Fernanda Takai foi ótima, mas deu sono... alguém pode enfiar uma tomada naquela mulher? Mas a noite me reservou surpresas, das boas, além de ir parar no show do Jorge Ben... mas essa eu conto só depois!!!

sexta-feira, 25 de abril de 2008

quinta-feira, 24 de abril de 2008

Fio Terra?!

Você acredita em Papai Noel? Em Conto de Fadas? Em coelhinho da Páscoa? Sim? Então veja mais essa: Angela Ro Ro acabou de declarar na Folha que cansou de xoxotinhas e está namorando um ex-padre.

Acho moderno!

quarta-feira, 23 de abril de 2008

Abaixo o Príncipe!

Eu sei que esse é um assunto redundante. Chato, até! Mas é que interiorizar certas coisas nem sempre é uma tarefa fácil. O fato é que levei algumas bronquinhas na minha última sessão com a psico a respeito de minhas inúmeras (e infindáveis!) expectativas e racionalizações. A vida não precisa ser levada tão a sério (e nem tão pouco desprezada). O caminho é o do meio. E esse é o ponto mais phoda de toda a questã. Sempre fui daqueles menininhos bobinhos, sonhadores, idiotas que fica sempre achando que algo me SALVARÁ em algum momento. Quem sabe na próxima esquina? Ou numa trombada na calçada? Ou quando alguém tentar pegar aquele mesmo livro na estante. Quer saber? Balela. Coisa de Hollywood. Mas a gente acredita, porra! Mesmo a contragosto! Mesmo que seja só pelas atitudes! Mesmo que negue! E eu nego... sempre... Mas quando me vejo estou lá olhando pros lados, divagando, esperando...

Por isso mesmo entrei num momento zero expectativas. Quem sabe tentar viver um tempinho comigo mesmo não seja uma coisa legal? E eu sou tão legal! Eu gosto de minisséries, de livros, de filmes. Participo de todas as rodas. Danço, canto e agradeço. Faço piada dos problemas. Dou risada de (e com) amigos e choro com eles também quando é preciso. Eu sei ouvir! Ser sério quando necessário. E descobrir esse "eu" é algo que está em destaque nos meus tópicos diários de uns dias pra cá!

Príncipe? Vá bater em outra freguesia... que agora eu só quero diversão! Quero mais é estar com esses novos e velhos amigos e me divertir com eles... e deixa andar!!!

Paradeiro

Acabaram de descobrir o paradeiro do padre voador que desapareceu depois de partir numa viagem inusitada voando com uma cadeira presa a cerca de 1000 balões de gás hélio.

terça-feira, 22 de abril de 2008

Vício

Alguém me diz para parar de acessar de cinco em cinco essa joça aqui? Ai, é que ficou tão incrível o visu que fiquei viciado. Ai ai... que bobeira!

(Tenho orgulho dessas minhas peripécias... muito!)

Casa Nova

Ae pessoal, resolvi inovar. Eu não gosto nada nada de ficar pra trás, mas era exatamente isso que estava acontecendo. Então resolvi inovar: reformar poltronas, pintar paredes, modernizar. A essência continua a mesma, é claro, mas a forma está bem mais simples, direta e fácil. Fofa que só! Tô adorando! Até pq eu não sou lá de fazer nada nas coxas, né?

(Espero que tenham gostado. E o bedelho? Vcs sabem o que fazer...)

Diga espelho meu...

...se há na avenida alguém mais feliz que a Batalha?
Definitivamente, não conheço...

Venha meu amor que sou todo ansiedade!!!

Em frente ao espelho

Preciso confessar aqui uma coisa, que na verdade nem é tão confessionária assim: sim, eu só falo de sexo... só penso em sexo... mas não faço sexo assim, é claro. Coisa doida! Não, nenhum preconceito, problema ou coisa do tipo, reação até natural de um recém solteiro que volta a fazer "parte do mercado" e não pode ver uma barra-de-calça que já está ali eriçado. O phoda da questão é que isso me incomoda um pouco. Bastante até. Afinal existe uma infinidade de focos na vida que merecem mais atenção, além do que tenho que ouvir de alguns que estou facin facin... Tudo bem que isso é coisa de gay que não sabe falar de outra coisa... Mas não é simples assim... Na na não... Explico: tudo trata-se de um mecanismo complicado até para eu mesmo entender. Mas é que sempre sofri de uma certa baixo-estima e conviver com isso é phoda pra caralho. É que dentro do meu mundinho, onde ninguém vê, lá no porão e atrás do garoto bonito, que se cuida, que mantém as unhas cortadas, cabelo aparado, horas no espelho, dedicação à intelectualidade, quase um lorde. Atrás desse garoto existe um outro garoto indefeso e inseguro... medroso que só... e que só vê mesmo esse caminho da perfeição como uma saída para o ser visto e ouvido. Não é nada fácil. E esse bicho papão me assombrou por muito tempo. Assombra ainda. Afinal essa exigência consigo mesmo é uma bola de neve e nunca se dá por satisfeita. Tudo bem, já estou tratando disso e já até houveram mudanças. "O primeiro passo é assumir". Rs... Mas ainda falta muito para considerar esse capítulo encerrado. Coisa que vem lá dos primórdios da criação, da relação família e da iniciação ao mundo e bla bla bla - hoje mesmo fico horrorizado com a indelicadeza com que muita gente trata suas crianças. Mas voltando ao fato em si do sexo é mais ou menos por ae... A questão não é simplesmente o que parece... e nem sou um ninfomaníaco de plantão! Mas é que ser desejado às vezes é como comer um chocolate, você sempre vai querer mais e mais... E sabe que essa analogia me fez criar mesmo uma empatia com os neuróticos, de qualquer tipo. Compreendo bem que a loucura está mais próxima à razão do que se imagina. Eu mesmo morro de medo de enlouquecer um dia. Imagina, eu como Luciana Vendramini (é ela?) que não consegue sair do banheiro do shopping enquanto outra pessoa não entra? Ai ai ai... me dá arrepio... Minha empatia a ela e a todos os neuróticos, loucos e vitimados de mente insana. Por isso mesmo fico afirmando aqui sempre - e patéticamente - que estou tentando escrever pra mim... Porque esperar sempre pela opinião dos outros, pelo que "os outros vão pensar" é o caminho que sempre tomei... Vamos mudar? Vamos! Por isso esse é mais um registro e constatação do que um pedido de socorro. Estou sendo ridículo?

I'll by myself

O finde foi incrível. Um blogueiro dos mais queridos veio de Brasília e pudemos nos conhecer pessoalmente. E a noite promovemos um encontro que virou grande encontro com surpresas e tal e tudo. É que Marion esteve presente com husband, Ual and incredible friends, a ruiva tão amada... e até mesmo a Miss Kattie que de súbito se juntou a nós. O blog desde o início sempre teve grande importância na minha vida... através dele já me apaixonei, já fiz amigos de verdade, já tive amigos passageiros... pessoas e pessoas que já passaram por mim através dessas páginas aqui. E das melhores, sempre. Eu que sempre fui reticente a conhecer pessoas pela net encontrei o meu melhor remédio. É que, diferentemente de bate-papos, de sites de caça e o escambau, o blog obriga as pessoas a nos acompanharem... e ae não dá, só fica quem gosta mesmo... Tudo bem que depois de anos, essa é a primeira vez que eu ignoro (ou tento) um pouco as opiniões alheias para alimentar um espaço só meu, só pra mim, só pra minhas loucuras... sejam quais forem e digam o que disserem... eu sou assim, né? E estou tentando assumir...

O fato - e contraste - é que hoje o dia começou cedo, confuso, estranho... e eu que sempre tive lá uma relação estranha com o clima posso afirmar que ele às vezes me resume. Bem, depois de três semanas sem, eu compareci no novo escritório da psico e retomamos algumas coisas que estavam paradas. Primeiramente retomamos um exercício onde eu tinha que recortar umas fotografias e colá-las num sulfite. E eu que não sou nada bobo já fui logo analisando as coisas, mesmo sabendo que é uma bobagem. Eu em primeiro plano, amigos na parte superior, lembranças, e a família lá embaixo... discretinha. Uma das pautas foi justamente essa. E por mais triste que possa parecer eu salientei um ponto importante. Estou sozinho. Não sozinho de não ter pessoas. Não. Mas sozinho de não poder contar com ninguém - ou com ninguém em especial. Talvez seja em parte por essa crise financeira que se abateu por aqui, ou por todas essas confusões e batalhas que tenho que enfrentar sozinho. Não dá. Não dá pra contar, nem esperar... nada... de ninguém. Tenho que batalhar sozinho e correr atrás... e eu corro... fazer o que? Mas que é triste é... e eu sou canceriano, né? Enfim...

Sexo Virtual

Esses dias parecem ter encurtado enormemente. Um terror! E qdo vejo já estou assando do horário de dormir novamente e ainda não fiz tudo o que queria fazer. Em parte é que a minha ansiedade é tanta que eu adoraria poder começar e terminar coisas instantâneamente, assim, num piscar de olhos. Fazer o que? Cigarros e cigarros para compensar os dias de loucura. A bola da vez é que eu começei finalmente, depois de séculos, a assistir "Presença de Anita". Por algum motivo que não me lembro eu acabei perdendo a série quando passou e dae uma boa alma me arrumou os DVDs (Deus salve a tecnologia!). Até que condiz com meu estado "na seca" e tarado de atualmente. Coisas da solteirisse. E não me venha com aquele papo de banho gelado resolve. O cacete! A não ser que o banho tenha um momento pit-stop... e hajam musos para satisfazer toda a demanda. Mas antes assim do que as vias de fato. Tenho um "medinho" de transar com estranhos. Até porque tem aquela coisa de você não saber se trata-se de um príncipe ou um dragão, então vem a falta de intimidade, dae as pessoas que no geral parecem querer me engolir. Fala sério! Tudo bem que eu tenho um certo ar ninfeto, mas foi um longo processo até aprender a ditar as regras, e mesmo com todo esse aprendizado é às vezes meio complicado fazer os bofes entenderem que "calma, não é assim". A coisa não precisar ser às pressas, e nem sou um prêmio para se sugar com veracidade. Coisa de bicha. E é uma cobrança tão absurda nesse meio quanto ao sexo que parece que tudo tem que ser perfeito. E o perfeito nessas ocasiões é vc rancar a camisa com os dentes e com um pau já imenso ali estourando o zíper. Sem rodeios, sem chateações... e fuck fuck fuck, goza e tchau. Que saco? Eu não sou robô e nem tenho esse botãozinho on/off... muito menos sou desses ninfomaníacos de filme europeu. Quem dera! Fiquei até aliviado em ver uma reportagem que diz que 70% (ou algo assim) desses machões que se dizem os fodões do sexo somente se DIZEM fodões do sexo. Outro dia mesmo achei o máximo assistir num filminho a transa de três bofes incríveis e-sem-tesão e perceber que os três estavam brochas. Isso mesmo. E hajam edições para captar os poucos momentos de phoda. hahahahahaha... Adorei! Quer dizer, o passivo até que se divertiu bastante, até porque geralmente eles é que não tem neura nenhuma e se deliciam o tempo todo. Quer saber? Prefiro a vida real.

Dores, densidades e pontos finais

De uma coisa não podem me culpar: nunca fui de viver superficialmente. Pelo contrário, vivo de paixão, curto cada dia como se fosse hoje, uma coisa de cada vez, e tudo quanto possível... talvez por isso mesmo é que não dê para me impedir de sofrer um bocadinho num momento tão pontual quanto esse. Explico: o Jota veio buscar suas coisas e, de certa forma, efetivar a separação. E assunto resolvido ou não, o fato é que doeu um pouquinho passar por mais isso. Por outro lado, nossa conversa foi boa e fiquei mais tranquilo e aliviado ao ouvir dele que não me odeia. Ufa! É que eu tenho esse medo meio bobo de magoar as pessoas, de decepcionar e tal. Mas a questão é que não dá pra ser um bom menino o tempo todo e agir com perfeição é humanamente impossível. Fato. Ele também constatou que, apesar dos pesares, é um bom momento: voltou a se preocupar consigo, a correr atrás dos planos esquecidos e a tocar o barco pra frente. Estou orgulhoso! E estou orgulhoso também de mim mesmo... por me considerar maduro para levar essa situação do início ao fim. E essa tristeza, essa preocupação, esse cansaço, essa dor de cabeça... tudo vai passar, eu sei! Mas agora me dêem licença pois eu ainda preciso ir ali dar uma choradinha...


Como dizia o poeta

Quem já passou por essa vida e não viveu
pode ser mais, mas sabe menos do que eu
Porque a vida só se dá pra quem se deu,
pra quem amou, pra quem chorou, pra quem sofreu
Quem nunca curtiu uma paixão
nunca vai ter nada, não
Não há mal pior do que a descrença,
mesmo o amor que não compensa
é melhor que a solidão
Abre os teus braços,
meu irmão, deixa cair,
pra que somar se a gente pode dividir
Eu francamente já não quero nem saber
de quem não vai porque tem medo de sofrer
Ai de quem não rasga o coração
esse não vai ter perdão
Quem nunca curtiu uma paixão
nunca vai ter nada, não...

Post para ser esquecido!

Hoje estou muito, muito triste. É que a melhor amiga apareceu com um problemão. Problemasso. Está grávida! Sim, e de um caso qualquer com quem teve uma daquelas transinhas fatídicas. A primeira e única. Bobiça que só. E então a camisinha estourou, a pílula do dia seguinte não funcionou. E cabrum! Lá vem a bomba. Ela veio determinada já depois de consultar o médico. Consulta marcada. Médico de confiança e tal. A mãe apóia, o caso também - tanto que se dispôs tranquilamente a segurar a bomba, a ajudar com as despesas, quaisquer que fossem as escolhas. E a escolha era dela, só dela. Afinal a bomba maior sempre ficaria em suas mãos. Ela chegou tensa e sem pedir conselhos, nem julgamentos. Foi direto ao assunto. E eu apoiei, é claro. Afinal esse definitivamente não é um programa para menores. Me coloquei pronto para o que fosse preciso. Amigo é pra essas coisas. E quem sou eu pra julgar? Se ela mesmo é um fruto de uma gravidez indesejada de um "caso" de adolescência e sabe na pele o que é isso. Eu sei também da parte dela. Não, não sei o que eu faria. Espiritualmente eu sou contra. Tenho formação espírita de berço e sei que a coisa vai além das materialidades. Mas é sempre fácil emitir qualquer opinião sobre prós e contras quando não se corre esse risco. O difícil é estar nessa situação. Muito difícil, eu pude ver. Mas duas "mensagens" foram bem claras, e o meu lado exotérico diz que nada é por acaso. Como se algo quisesse dar um último apelo. Meu coração ficou miúdo que só. Mas não dava pra titubear. Segurei a mão dela firmemente e a mantive assim, até o fim... e ela com aquela carinha medrosa de menina assustada. Seguimos nós dois... e agora só resta o esquecimento...

Madeleine Peyroux

Esses dias estava passeando pelas prateleiras da FNAC quando algo me chamou a atenção. Eu tenho essa atração por capas, imagens. E fui correndo descobrir o que era. E foi incrível. Daqueles momentos iluminados em que vc sabe ter encontrado algo precioso. Ela é. Encantadora com sua voz rouca e romântica, seus sussurros irresistíveis, seu toque suave e seu charme francês. Só seu. E, por fim, e principalmente, me disse tudo, me contou a história, essa minha história que acabou. Coincidência ou não.




DANCE ME TO THE END OF LOVE

Dance me to your beauty with a burning violin
Dance me through the panic 'til I'm gathered safely in
Lift me like an olive branch and be my homeward dove

Dance me to the end of love
Dance me to the end of love

Let me see your beauty when the witnesses are gone
Let me feel you moving like they do in Babylon
Show me slowly what I only know the limits of

Dance me to the end of love
Dance me to the end of love

Dance me to the wedding now, dance me on and on
Dance me very tenderly and dance me very long
We're both of us beneath our love, we're both of us above

Dance me to the end of love
Dance me to the end of love

Dance me to the children who are asking to be born
Dance me through the curtains that our kisses have outworn
Raise a tent of shelter now, though every thread is torn

Dance me to the end of love
Dance me to the end of love

Dance me to your beauty with a burning violin
Dance me through the panic till I'm gathered safely in
Touch me with your naked hand or touch me with your glove

Dance me to the end of love
Dance me to the end of love
Dance me to the end of love


(Quer confirmar? Vai lá na Radio UOL e procure pela moça. Eu recomendo)

Vida leva eu

Hoje estava assistindo um episódio do QUEER AS FOLK onde o Emmet entrou para um grupo de pseudo ex-homossexuais. Pseudo sim, afinal podem até negar, mas ninguém consegue contrariar sua essência sexual. Fato. E essa história de "virei" evangélico e encontrei Jesus é balela. Que me perdoem os que se incluem nessa lista, mas não acredito mesmo, de forma alguma... Eu acho que todo gay já deve ter tido seu momento de negação, alguns até pela vida inteira, afinal ser gay, mesmo nos dias de hoje, não é nada fácil. Ambientes de promiscuidade, sexualidade exacerbada, preconceito, relações superficiais, falta de conteúdo, etc. perduram na lista de tópicos que fazem qualquer um querer em algum momento "ser normal" (como se não fôssemos). Eu mesmo já tive diversas vezes e tenho até amigas próximas que chegaram a dizer ter "encontrado a luz". No final, e infelizmente, a mais próxima delas teve é praticamente seus bens confiscados por uma dessas "organizações" da forma mais humilhante, tendo mesmo é que recomeçar a vida do zero. Não sei ao certo porque isso, em especial, me chamou tanto a atenção para virar aqui falar a respeito. Talvez mesmo por esse momento novo de descobertas onde, depois de ter aberto mão de diversas coisas (como a vida de balada e azaração), eu volte novamente ao ponto zero para descobrir novamente a individualidade. Começar uma rotina nova descartando aquilo que não valia a pena e resgatando aquilo que deixei pra trás. É bom! E hoje, como já disse, acontece simbolicamente aquele final de ciclo que disse aí embaixo. E quer saber? Chega de chororô, chega de muro de lamentações, pronto! Já deu o que tinha que dar, né? Hoje depois de mais uma "crisesinha" interna num momento "cinco minutos" eu matei o que tava me matando. Tomei um bom banho de sal grosso, recompus minha cara, botei uma roupinha transada e dei a cara a bater. Várias novas lições de casa, entre elas sair simplesmente pra me divertir, dar um tempo da caça, não esperar nada das pessoas, me cobrar menos (bem menos) e me amar mais (bem mais), cospir pra fora a ansiedade e apertar mais a tecla phoda-se! E quer saber? Eu tenho 26 anos, sou simples-porém-honesto, não devo nada a ninguém e quero ser feliz!!!

Fim de ciclo

Eu sei que parece beeeem piegas essa coisa toda, mas preciso falar desse final de ciclo. Talvez até para expurgar algo que tenha ficado pra trás, como um balanço geral da situação para ser ticado e excluído. Deletado. E ponto final. Coisa de Bridget Johnes, of course, no começo do filme. E como tenho pra mim que esse filme está apenas começando: lá vai. E quando digo fim de ciclo não é algo provocado, que fique claro, é mais como uma constatação. Uma reunião de acontecimentos que foi caminhando e coincidentemente culminando nesse momento até e eu intitular: "final de ciclo". Acho digno. E esse final acontece exatamente agora, mais pontualmente neste final de semana. Claro que sempre existem variações em tudo para mais e para menos, e aqui não haveria de ser diferente. Uns processos terminam agora, outros já terminaram e outros terminarão depois. Mas para todos os efeitos de cálculo, a mediana está bem ali, bem patéticamente alinhada com um dos mais patéticos acontecimentos, e chega a ser terrivelmente patético confessar isso. Verdade. Mas é que também preciso perder o medo de ser patético e entender que não dói assumir umas besteirinhas aqui ou ali. E que também não deixo de ser "The Perfect Men" por assumí-las. Não. Pelo contrário. Acho até um charme algumas imperfeições. Aquela cara de bobo, de "do que vcs estão falando?", enfim. Bom, mas vcs hão de convir que tenho razão em assumir exotéricamente algo tão óbvio quanto esse fim de ciclo. Vejam bem. Tudo começou com o assunto mais grave. O fim do namoro. Um ano e dois meses, triste e tudo e tal. E bla bla bla... Passou, e agora o desafio é reaprender a ser sozinho, solteiro e feliz. Ponto. Depois teve o lance da renovação do contrato de aluguel que também foi uma apurrinhação. Aumento do valor, encheção de saco do administrador, aquele papo sacana e ridículo de minha casa ser uma república. Pau no cu. Contrato assinado! Outro ponto. Daí vem a mudança de escritório. A mais dolorosa talvez, principalmente por estar em processo. Malocados numa salinha minúscula, coisas empilhadas, processos pendentes e desorganização. Só quem conhece meu metodismo pode supor tamanho o sofrimento de muá. Ponto. Puxa, e teve todo o enlouquecimento dos clientes. Cobranças. Dúvidas. Comprovações. Todos resolveram criar conflitos duma vez só. Mas aaaaaacho que a coisa tá melhorando, e tem cliente nova. E chique. Ui! Ponto! Também tem a questão financeira. Ai! Essa dói de verdade. Não fosse a sorte e o destino - empurrãozinho de meu Pai lá de cima - a coisa ia ficar mais preta do que nunca. Mas tudo bem, estou confiante... e é só mais um mês para passar o pior e as coisas voltarem às rédeas. OREMOS! Ponto. Ponto. O final do Big Brother não pode faltar, é claro. Assim como o fim de "Queridos Amigos". Ou em termos gerais: menos vícios e mais tempo para ocupar comigo mesmo. Ponto de novo. Ah, falando em vícios, tem o lance do cigarro. Ufa! Parei de fumar! Quer dizer, fumei uns e outros nesses dias de separação, de caos, de tensão. Mas depois de quase dois meses sem já sei que posso. Reset. Ponto. Também terminei a biografia de Maria Callas (da Mulher ao Mito) que foi bem phoda! Muito phoda! Dezenas de identificações, insights, lamentações. Daqueles livros mesmo que tem a hora e o momento certo de chegar às nossas mãos. Ainda falo mais sobre ele. Juro. Ponto. E teve também o Despautério, é claro, não posso deixar de dizer, recomeço, expectativa, escrever de novo, ser mais pessoal, poucos comentários, 40 acessos diários na primeira semana, tecla foda-se. Super ponto! E para coroar esse momento fim de ciclo, decidi raspar o cabelo. Quer dizer, ainda estou tomando a coragem. Mas eu sou assim, meio impulsivo, e acho que vai fazer bem, e vai ser bom, e vai ser legal também. Ai ai... frio na barriga. Ai ai.. ansiedade... ai ai... Ponto final!

Síndrome do Pânico

É difícil começar de novo. Bem difícil. Mais do que imaginava. Não, não estou mal pelo casamento que deixou de ser, pela relação que se esgotou. Na na não. Isso já tava resolvido - e levou um tempo, claro, antes da decisão. Talvez um pouquinho mal sim, vai... É claro, sou humano, sofro. E o sofrimento faz parte da racionalidade. Ponto. E além do que é preciso saber sofrer com dignidade. Outro ponto. Mas é que de certa forma o Jota sempre representou pra mim uma fuga do mundo lá fora. Aquele mundo cruel de comparações e superficialidades. De noites iguais e de tentativas frustradas. Pelo contrário, era talvez um alívio sentir a casa movimentada aos sábados e perceber que não era o único (que horror!) a não sair. Que não era preciso dar atenção aos amigos falsos, aos amigos de balada, aos amigos quero-ferver, à todos os pseudo-amigos que só são amigos enquanto você está lá bombando, picando cartão, fervendo junto. Não. Definitivamente respirei aliviado quando descobri que existe vida após-balada. Programas diurnos, passeios culturais, cozinhas diferentes. E em nenhum momento aquela imensa - e patética - cobrança do estar junto, do ter alguém, do fazer sucesso... Bom, o fato é que é difícil começar de novo, e meus nervos estão em frangalhos, uma verdadeira síndrome do pânico. Chega a ser patético confessar isso, mas é preciso. Tenho pânico das ruas, tenho medo de sair sozinho, tenho pavor de estar em baladas, e só de imaginar as possibilidades minha instabilidade vai a mil. Eu sei muito bem que é ridículo, que "você deve sair para se divertir", que "não se deve dar atenção para o que as pessoas pensam", que "tudo na vida tem sua razão de ser e acontece em seu momento exato". Mas e o que eu faço, afinal, com a minha ansiedade? Como eu posso deixar que a vida se encarregue de tudo se quando ela se encarrega de tudo quase nada acontece? Como sair se tudo lá fora me parece previsível e desinteressante? O que eu faço para começar de novo, se eu simplesmente não sei por onde? Eu sei, vai passar e tal, mas quer saber, é phoda...

Public Enemies

Um passarinho acabou de me contar uma notícia que me deixou exultante. Quer saber? La vai... rolam boatos de filminho novo em processo para 2009. A flechada fatal: o elenco. Tem Johnny Deep, minha nova musa Marion Cottiland e Christian Bale juntos na trama. Alguma dúvida da bomba? Eu não.

Woman Touch

Ponto 01: Sempre achei no mínimo curioso o sexo entre duas mulheres. É de uma sutileza, uma delicadeza sem igual. Mesmo que eu não tenha noção alguma sobre as formas, os toques, os lugares. O corpo feminino é de uma poesia famigerada no momento do ato. Uma vibração interior que se reflete em cada sensível projeção. E tenho por mim que nada como uma parceira para dar as flechadas certeiras. Palavra!

Ponto 02: Não, não tenho o menor interesse em transar com mulheres. E culpa simplesmente da falta do volante principal do sexo: o tesão. Quem dera fosse eu um bissexual convicto. Imagine as possibilidades, amplitudes, experiências. No mínimo admirável, eu diria. Deus sabe o que faz!

Ponto 03: E leitoras, não me venham com aquele papo de "faltou a cantada certa". Pelo contrário, foram várias e algumas até irrecusáveis. Mas não tenho o menor talento, mesmo. Diria até que meu sexo é algo talvez pré-concebido, algo que talvez viva mais no campo das idéias do que na vida real. E nessas idéias mulheres não se incluem. Infelizmente! Ou até que alguém diga o contrário, não?

Ponto 04: O porque desse papo agora? Sei lá, é que a Laila me fez querer ver até o fim (e com vontade!) uma produção que nada se assemelha com aquelas horrorosas gravações comerciais de locadora feita quase que exclusivamente para homens. Onde duas putas não fazem outra coisa a não ser gemer e se tocar - mal e histéricamente - com aquelas imensas unhas postiças. Veja aqui e diga se estou mentindo!

Queridos amigos

Eu tava querendo começar aqui com um assunto, mas a coisa mudou. É que acabei de assistir a série "Queridos amigos" da Globo - que acaba essa semana - e desde o início, tô querendo dar os meus pitacos. A série começou meio morna (e alguns talvez tenham acreditado que continuou assim), mas depois parece que tomou corpo e o texto começou a se encaixar. Aquele velho problema de criar referências forçadas no público com diálogos como: "Ah, vc se lembra como era a Praça da República?", "Nossa, como me lembro, aquele ar imperial reunindo pessoas de várias tribos". Não gosto! Mas respeito a Maria Adelaide Amaral e sabia que ela ia encontrar um rumo. Hoje vejo a minissérie como algo talvez incompreendido para o momento (e por razões óbvias), que passou sorrateira e sem alarde. Certamente, é claro, afinal não há identificação pessoal com a nova geração que hoje dita as regras. Mas se observarmos bem - e fundo - é sutil, delicada e bastante intensa. Fala de pessoas, de amigos, de relações (E quem é que não se relaciona?). Fala de imperfeições e de protagonistas tentando encontrar o melhor caminho em suas vidas, justamente como nós. O pano de fundo: a Ditadura e suas sequelas (e elas sempre me comovem). Acho mesmo que morri na ditadura na última encarnação, tamanho é minha curiosidade pelo momento. Obviamente que é no mínimo admirável um momento que envolveu todo um país como o Brasil de forma triste e hostil. Que revelou muitas coisas tristes, mas que despertou outras muito boas. O idealismo, a paixão, por exemplo. Todos os dias lamento não ver um ideal no rosto das pessoas (e no meu também). Parece que hoje andamos numa espécie de torpor, sensíveis apenas à sobrevivência. Um tanto óbvio, já que nos dias de hoje a sobrevivência é tão pesada. Mas por outro lado, os sonhos ficam de lado, a esperança também. E o amanhã, resigna-se ao ditado: "só a Deus pertence".

segunda-feira, 21 de abril de 2008

From the beggining

Tá, a coisa aconteceu exatamente assim. Um dia (quero dizer vários) a coisa começou a mudar. Geralmente é assim que funciona. Aos poucos a gente se olha no espelho e não se identifica, ou melhor, a gente percebe que as coisas estão se transformando e a "coisa" atual já não serve mesmo. Mas a gente sempre insiste ainda, bate a cabeça e finge que está tudo bem. Não está. E não estará enquanto a gente não fizer alguma coisa. E a coisa é simples. É assumir. É mudar. É simplesmente encarar os fatos e agir pelo novo que vem por aí, mesmo que dê medo, que dê tristeza ou ansiedade. E vai dar sempre, porque é assim que a gente passa a perceber que somos muito mais complexos que uma caixinha de previsões automáticas. Eu já fui tanta coisa, tanta, e hoje nem sei mais. Não sei mais o que quero ser, o que pretendo ser... só sei que não sou mais aquele mesmo que dizia aquelas coisas de ontem. É passado. Acabou. Então o jeito é partir pra outra e descobrir o que está acontecendo.

Por hora só posso dizer que tenho muita coisa pra contar e é exatamente pra isso que entra o despautério. E já afirmo que não são só asneiras, são minhas asneiras e tem todo o significado pra mim. E quer saber, meu desafio é exatamente expor isso pra mim mesmo. Porque até hoje eu expus tudo para os outros e o resultado é isso aí. Não dá mais. Por isso eu vou espondo aqui as coisas pra mim e vocês vão aí entendendo o que quiserem entender. E se quiserem meter o bedelho fiquem a vontade também. Não me importo não. Até gosto. Senão a coisa não aconteceria assim, em um blog, mas num caderninho secreto que eu deveria recusar mostrar a qualquer um.

Isso aqui é um registro de fragilidades. Dessas que a gente conta para os outros... e dessas também que a gente não conta porque tem medo. E eu tenho várias. E tenho medo. E tenho também essa coisa esquisita que é a ansiedade de não saber o que é algo que ainda virá a ser. Ou não. Sei lá. Então puxem a cadeira e sejam benvindos... Como diria o Bial: "É só expiar!!!"