segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Calamidade

Faz tempo que não passo por aqui né? Mas é que às vezes parece que vai ficando tudo tão confuso. São muitos... tantos de mim que mal cabem em mim mesmo. São vários. São todas as coisas. E dessa forma adivinham tudo. Sabem tudo. Compreendem o absoluto. E com aquela certeza e tranquilidade que só poderia dizer um homem livre. Um homem para o qual já não importa mais o passado ou o futuro. O que aconteceu ou o que está por vir... É um deles... faz parte da legião... assim como todos os outros... nem mais, nem menos... nem maior, nem menor... simplesmente igual. Os outros, como numa escala, apresentam todas as outras variações. Como um contraste que vai se definindo de um extremo ao outro. Neles estão todos os pensamentos. Neles estão todos os sentimentos. E, dessa forma, cada segundo é uma nova disputa para o privilegiado que conseguir garantir sua expressão. De que importa o certo ou o errado? O sonho ou a realidade? A alegria ou a tristeza? De que importa tudo, se tudo é efêmero??? Se tudo o que é deixará de ser em instantes... ou amanhã... ou no ano que vem... O tudo também é nada... Assim como o nada é tudo. E entre tantos e entre ninguém, prefiro ser coisa alguma e também todas as coisas... Porque tentar me achar é como mais me perder...