Sabe que...

nessas horas de crise econômica mundial, crise no cartão de crédito, empréstimos consignados e o escambau, sempre penso nas saídas possíveis para tirar uma grana boua e viver feliz (E RICO!) para sempre. Estendido nas areias do posto 9, sorvendo uma água de coco e sorvete de açaí. Ai!

Uma delas é que eu devia escrever um livro. Coisa boba, nada intelectualóide, bem mais do mesmo, daqui... o segredo seria o público, uma coisa que vendesse e tal... gay, é claro... O Terceiro Travesseiro, bem assim... eu não li ainda, mas fico impressionado como qualquer bicha classe média leu e idolatra... o que (me desculpem falar pela ignorância) penso ser um romancezinho bem boboca de dois gays e etc... Precisa de mais? Creio que não, só a causa e o enredo já seria o suficiente para me tornar um Paulo Coelho, e pagar minhas contas por um bom tempo. Penso!

Além do que, tenho certeza ser capaz de fazer algo melhor do que muita bobagem que vejo por ae. A diferença é que até os "bobos" tiveram mais coragem do que eu e arriscaram as suas linhas. Enquanto eu fico aqui pensando no segredo da morte da bezerra, nas intransigências existencialistas, nos psicologismos extratégicos e manipuladores. Argh! Por isso mesmo reconheço e idolatro pessoas como a Maitê ou Fernanda Young. A primeira porque promoveu um "blog" de primeira linha que, consequentemente, se tornou seu primeiro livro. "Entre ossos e a escrita" que estou lendo agora. Acho genial! Pequenas crônicas sobre suas conclusões medianas da vida. Escrita sem pretensão, entende? Tipo um desabafo, como fazemos todos nós, blogueiros... a diferença é que ela ganha, nós não...

Fernanda Young é outra... o primeiro livro que li dela, Aritmética, foi do caralho. Fiquei fissurado em cada página e achei o roteiro, o texto, as viagens, tudo, tudo genial. Parece que ela nos dá um pouco desse poder só dela, sabe? De enxergar a vida muito além do que é. De transformar simplicidades em humanidades, surtos em inteligências, decisões em potenciais. Fato. Já no último que li, como é que chama? "As Pessoas dos livros" isso... achei bobo, besta, fraco... e ao mesmo tempo achei o máximo ter achado tudo isso... porque é isso mesmo... foi um dos primeiros livros dela, um rascunho, uma tentativa... e ela tentou... foi como reconhecer sua fraqueza. Reconhecer a tentativa e, depois, notar como houve evolução. Coragem, diva!!!

Eu tenho essa coisa com a fraqueza dos outros. Às vezes parece que me dá um prazer quase erótico quando, atrás dos brutamontes físicos e psicológicos, me vem uma pontinha torta, errada. O cara é um Deus, mas tem o pau pequeno. A mulher é inteligentíssima, mas não sabe foder. Venham todos, pois, que lhes darei consolo, compreenderei sua mágoa, te salvarei da vergonha. Venham, oh filhos, que estou aqui para dar-lhes compaixão!!! Pois, segundo o Ariano do quarto ao lado, eu tenho alma boa e sou homem bom. E tudo está salvo!!!

Fato é que ainda me falta coragem, e um bom roteiro... Mas juro que um dia ainda ganho dinheiro com isso!!! Palavra!!!