"E se você me achar esquisita, respeite também. Até eu fui obrigada a me respeitar."
Clarice Lispector
***
Eu a conheci assim, em meados de Outubro. Era minha primeira vez em Porto Alegre. A cidade do céu mais bonito que já vi. Por acaso ela era amiga d'amiga e tivemos identificação imediata. Sabe-se lá de onde a gente reconhece essa gente que se parece com a gente e, imediatamente, de alguma forma, já nasce o respeito mútuo. Não é preciso força nem insistência. É mágico. Então pelos olhos ela me diz, e pelo sorriso eu lhe respondo. E de resto, até o silêncio é capaz de criar diálogo.
Isso tudo, lembro bem, é pra ela. Mas também serve pra outros e outras, como essa aqui, por exemplo, que era a anfitriã. De ambas, o que posso contar, e que sempre é muito pouco para quem não as vê pessoalmente. É que têm uma capacidade admirável e apaixonante de tornar a vida assim mais leve. Quando soltam suas palavrinha aqui e ali, parece que o mundo ganha cores e até um grilo é protagonista. Isso porque, apesar da luta, que todos nós conhecemos bem muito, elas sabem viver de um jeito tão bom que chega a dar certa inveja. Chego até a desconfiar que Deus as tem por protegidas, e que dá de pronto aquilo que pode, mas só pra não levantar desconfiança nos outros. Posto que o jeito é tão doce e cativante que é impossível resistir-lhes. Fato!
Fato é, também, que foi culpa da mãe do Theodoro muitos dos bordões e clichês que carrego aqui nessa casa. Palavras e palavras que nasceram com ela, como que por osmose. E eu nem fico envergonhado, é certo, porque a vida é assim mesmo... e a gente soma o que vem por aí. Tem uns anos aí que a Dita entrou na minha vida. Nem conto porque não importa. Até porque mesmo o pouquinho que trocamos parece muito e desnecessário. A outra, das ervilhas, mais rara ainda, dá pra contar nos dedos as palavras, mas ainda assim é tão íntima e direta que sempre me fala lá no fundo, mesmo quando não fala pra mim.
Eu amo essas meninas como quem ama a Deus. Porque elas não precisam da presença para serem queridas. E só rezo para que sejam felizes. Coisa fácil, pois não depende de muito.
quinta-feira, 12 de março de 2009
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5 comentários:
é...
fofo!
filho de uma puta.
estava usando meu rímel novo hoje, (ainda nem paguei o danado) e agora estou toda borrada.
credo, viu.
te amo.
pq é que a gente ta, mesmo sem combinar, puxando tanto o saco Karmem O??? só pq ela é gostosa?
de boa... ai queria voce tivesse escrito isso no nosso blog... sabecomé. mas voce nos abandona mesmo... eu hein. nem te gosto tanto assim.
huhuhu.
Te amo tb, meu amor... bem muito! E sempre morro de saudades!!!
E vc, tua ruiva, nem te gosto tb... que tenho provas concretas do teu abandono. Fato!!!
Pelo amor de Deus que coisa mais linda. Eu to de aniversário e ninguém me disse? Desde ontem numa choradeira do cão com tudo isso. Parece que tô pagando uma por fora, já!
Obrigada não é a palavra. Não a única. Mas pode(m) ter a certeza que a recíproca é verdade. E é disso que eu gosto. Gostar (de graça) é tão lindo. Tão gostoso. Tão bom.
Corram pro Sul. Já!
Beijo
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