Sabe aqueles dias em que há pouco a dizer, mas muito a se fazer? Pois é... perdoem-me o sumisso, mas as palavras desapareceram de novo. Safadas! Elas se escondem pelos cantos da página me deixando à mercê da tela em branco.
O que posso dizer é que os dias tem sido bons, com um pouco de tudo e tudo ao mesmo tempo. Uma certa nuvenzinha de esperança que se anuncia ali longe, dizendo que é hora de arregaçar as mangas e correr atrás do tempo para que as coisas se realizem.
Talvez seja essa tal crise que a gente não veja ao certo. Mas que sinta na pele quando tudo passa a ser suado e trabalhoso. Anúncio de um período certo que vem por aí. Já disseram os sábios economistas, astrólogos, bobos da corte e presidentes, capazes de traduzir o enigma em palavras: "você quer? pois vá atrás. Coragem!". É o que milhares de brasileiros, americanos, europeus e asiáticos temos feito!
Pois entre tormentas e perigos, incertezas e esperanças, Obamas e Dilmas... here we go... again!
terça-feira, 31 de março de 2009
quinta-feira, 26 de março de 2009
Eh...
Uma vontade de ouvir Caetano Veloso reclamando da vida no último CD. Até eu queria reclamar um pouquinho da vida, mas cada dia que passa me convenço mais de que nada adianta ficar reclamando. Só torna a gente velho, chato, ranzinza... futuro que, definitivamente, não quero pra mim... Mas tb não é pra tanto, é só um certo enfado das coisas que estão assim, mornas por esses dias. Do nada pra fazer quando me sento nessa mezinha e ficou assim, tentando me encaixar. Pelo contrário, eu preciso ter o que fazer, preciso me sentir útil. Preciso sentir a areia correndo na ampulheta e ver a minha real razão de existência. Senão, porque motivo? Oh Deus? Por qual?
É justamente nessas horas que dá vontade de correr ali na janela e observar as pessoas de longe. Um bando de formiguinhas nessa rua formigueiro que corre ali fora... Indo pra lá, pra cá, pra ali... e então fico pensando no que elas pensam, o que elas gostam... o que é exatamente que as torna felizes e realizadas. Será que estão todas assim, felizes? Ou apenas seguem nesse torpor cotidiano que invade a cabeça da gente, tal qual noite nebulosa... Deixando-nos mornos, errantes, perdidos.
Eu sou oito ou oitenta, sempre soube. A psico mesmo vive me dizendo que é preciso encontrar meio termo. Mas como, se aprendi a viver no código binário? É então quando me encho de coisas e tarefas e utilidades... quando assisto todos os filmes, quero acompanhar todas as séries, quero ler todos os livros e quero saber de todos os jornais. Sei que é impossível abocanhar o mundo desse jeito, mas é a única forma que conheço de continuar vivo. Fato!
Dá pra dormir e acordar só amanhã?
É justamente nessas horas que dá vontade de correr ali na janela e observar as pessoas de longe. Um bando de formiguinhas nessa rua formigueiro que corre ali fora... Indo pra lá, pra cá, pra ali... e então fico pensando no que elas pensam, o que elas gostam... o que é exatamente que as torna felizes e realizadas. Será que estão todas assim, felizes? Ou apenas seguem nesse torpor cotidiano que invade a cabeça da gente, tal qual noite nebulosa... Deixando-nos mornos, errantes, perdidos.
Eu sou oito ou oitenta, sempre soube. A psico mesmo vive me dizendo que é preciso encontrar meio termo. Mas como, se aprendi a viver no código binário? É então quando me encho de coisas e tarefas e utilidades... quando assisto todos os filmes, quero acompanhar todas as séries, quero ler todos os livros e quero saber de todos os jornais. Sei que é impossível abocanhar o mundo desse jeito, mas é a única forma que conheço de continuar vivo. Fato!
Dá pra dormir e acordar só amanhã?
domingo, 22 de março de 2009
Carta ao meu Little Prince...
Será que eu poderia te fazer feliz, menino? Será? Que eu corresponderia aos seus ideais, mesmo quando não tivesse a menor intenção ou não fosse ensaiado? Será que seus olhos, quando encontrarem os meus de verdade, seriam capazes de me amar. Mesmo percebendo que não sou aquele dos sonhos, aquele das palavras, aquele dos carinhos virtuais. Que não resisto à nicotina e ao cheiro de gasolina e álcool. Que preciso sair pra ver a vida lá fora... E que o amor e a carência me causam certo enfado... Por outro lado, eu seria, também, esse daí inteiro e seu. Todo seu, assim, simplesmente... Será que eu vou ser capaz de te amar como se deve. E como quem sabe que você é aquilo de melhor que se pode ter na vida. Será que não vou vacilar em minhas inseguranças... Vamos fazer assim: viveremos o resto da vida desse jeito! Vivendo eu aqui e você lá, só na lembrança e nas palavras. Melhor. Pois assim tudo é tão perfeito e não há a rotinha para dar-nos enfado. E então você será pra sempre o little prince, e eu serei seu dono e seu amor. Eternamente. Infinitamente nessa vida, até que se acabem as palavras e tudo vire história, lembrança, roteiro... Desses geniais que admiro por aí... Como aquela história do casal que se encontrava com o dobro de tempo em cada encontro... E 2, 4, 6... um dia seria o último e derradeiro, visto que a vida é finita. Tão belo e tão lírico que... Bullshit! Eu te quero agora abraçado a mim, dengoso, carente, menino... Tão belo! Tão belo! Pra amar e honrar sempre... sempre... E então, como sempre, eu ia tentar te magoar ao máximo. Ia fazer aquilo tudo de proibido, ia testar seu amor até a morte. Rezando para que vc resistisse e então, aprovado, fosse aquele escolhido. Vc ia sofrer. Mas creia. Essa seria uma prova de amor. A maior e mais densa, a mais concreta. Mentirinha! É só saudade dos nossos segredos e confidências... nossa história e nossa distância. Confabulações de uma mente inquieta. E sobre possibilidades... Ahhhhhh menino, que medo que tenho de ti, e de mim quando me sinto desse jeito... Que medo de amar e ser amado. Que medo que tudo seja mentira e um dia a gente acorde. Sonhe por mim... Sonhe! Sonhe por nós... e um dia, quem sabe, assim, de repente... eu te peço... e vc me atende... e me dá os sonhos teus pra eu sonhar!!!
sexta-feira, 20 de março de 2009
Então...
que nesses raros momentos depois da tempestade. Quando as coisas aparentemente estão todas no lugar. A ponto da pessoa receber "fofurinhas" dos mais gélidos (maldade, nem tão gélidos assim) corações. Eu até chego a sentir que estou fazendo minha parte, e que sim, estou no meu devido lugar. Fato!
quarta-feira, 18 de março de 2009
Debaixo d'água / Agora
por Maria Bethânia
Composição: Arnaldo Antunes/Titãs
Debaixo d'água tudo era mais bonito
Mais azul, mais colorido
Só faltava respirar
Mas tinha que respirar
Debaixo d'água se formando como um feto
Sereno, confortável, amado, completo
Sem chão, sem teto, sem contato com o ar
Mas tinha que respirar
Todo dia
Todo dia, todo dia
Todo dia
Todo dia, todo dia
Debaixo d'água por encanto sem sorriso e sem pranto
Sem lamento e sem saber o quanto
Esse momento poderia durar
Mas tinha que respirar
Debaixo d'água ficaria para sempre, ficaria contente
Longe de toda gente, para sempre no fundo do mar
Mas tinha que respirar
Todo dia
Todo dia, todo dia
Todo dia
Todo dia, todo dia
Debaixo d'água, protegido, salvo, fora de perigo
Aliviado, sem perdão e sem pecado
Sem fome, sem frio, sem medo, sem vontade de voltar
Mas tinha que respirar
Debaixo d'água tudo era mais bonito
Mais azul, mais colorido
Só faltava respirar
Mas tinha que respirar
Todo dia
Agora que agora é nunca
Agora posso recuar
Agora sinto minha tumba
Agora o peito a retumbar
Agora a última resposta
Agora quartos de hospitais
Agora abrem uma porta
Agora não se chora mais
Agora a chuva evapora
Agora ainda não choveu
Agora tenho mais memória
Agora tenho o que foi meu
Agora passa a paisagem
Agora não me despedi
Agora compro uma passagem
Agora ainda estou aqui
Agora sinto muita sede
Agora já é madrugada
Agora diante da parede
Agora falta uma palavra
Agora o vento no cabelo
Agora toda minha roupa
Agora volta pro novelo
Agora a língua em minha boca
Agora meu avô já vive
Agora meu filho nasceu
Agora o filho que não tive
Agora a criança sou eu
Agora sinto um gosto doce
Agora vejo a cor azul
Agora a mão de quem me trouxe
Agora é só meu corpo nu
Agora eu nasço lá de fora
Agora minha mãe é o ar
Agora eu vivo na barrig
aAgora eu brigo pra voltar
Agora
Agora
Agora
Composição: Arnaldo Antunes/Titãs
Debaixo d'água tudo era mais bonito
Mais azul, mais colorido
Só faltava respirar
Mas tinha que respirar
Debaixo d'água se formando como um feto
Sereno, confortável, amado, completo
Sem chão, sem teto, sem contato com o ar
Mas tinha que respirar
Todo dia
Todo dia, todo dia
Todo dia
Todo dia, todo dia
Debaixo d'água por encanto sem sorriso e sem pranto
Sem lamento e sem saber o quanto
Esse momento poderia durar
Mas tinha que respirar
Debaixo d'água ficaria para sempre, ficaria contente
Longe de toda gente, para sempre no fundo do mar
Mas tinha que respirar
Todo dia
Todo dia, todo dia
Todo dia
Todo dia, todo dia
Debaixo d'água, protegido, salvo, fora de perigo
Aliviado, sem perdão e sem pecado
Sem fome, sem frio, sem medo, sem vontade de voltar
Mas tinha que respirar
Debaixo d'água tudo era mais bonito
Mais azul, mais colorido
Só faltava respirar
Mas tinha que respirar
Todo dia
Agora que agora é nunca
Agora posso recuar
Agora sinto minha tumba
Agora o peito a retumbar
Agora a última resposta
Agora quartos de hospitais
Agora abrem uma porta
Agora não se chora mais
Agora a chuva evapora
Agora ainda não choveu
Agora tenho mais memória
Agora tenho o que foi meu
Agora passa a paisagem
Agora não me despedi
Agora compro uma passagem
Agora ainda estou aqui
Agora sinto muita sede
Agora já é madrugada
Agora diante da parede
Agora falta uma palavra
Agora o vento no cabelo
Agora toda minha roupa
Agora volta pro novelo
Agora a língua em minha boca
Agora meu avô já vive
Agora meu filho nasceu
Agora o filho que não tive
Agora a criança sou eu
Agora sinto um gosto doce
Agora vejo a cor azul
Agora a mão de quem me trouxe
Agora é só meu corpo nu
Agora eu nasço lá de fora
Agora minha mãe é o ar
Agora eu vivo na barrig
aAgora eu brigo pra voltar
Agora
Agora
Agora
segunda-feira, 16 de março de 2009
Braço Forte!
"um transbordamento de emoções, problemas que você tem tentado evitar nos últimos tempo"
***
O Zoróspo tinha razão. O coraçãozinho tb... esse mesmo que já vinha me dizendo há alguns dias que a situação precisa mudar com urgência. Ou que eu pelo menos eu tenho que me focar melhor para que ela aconteça. Não dá mais pra adiar. Pois bem. Essa vida de adulto às vezes cansa, mas tem jeito não, ninguém vai salvar nossa Pátria senão nós mesmos e então, resta continuar batalhando para que a coisa aconteça de algum jeito.
Há duas semanas que eu acordava com o coração apertado, uma falta de fôlego. E então, que hoje, sem aperto nem nada, o sinal maior aconteceu. Juro que deu uma vontadezinha de, sem muita resistência ou pensamento subir naquela janelinha ali e saltar. E pronto! Mas eu não sou desses de desanimar, nem fugir à luta. Vai ver até por isso eu precisei de "O Leitor" para sacar que a covardia não é o melhor caminho.
Agora é correr atrás... e rezar a Deus que me proteja, e a quem estiver junto. Desculpem, mas o "nos" ficou no segundo plano.
***
O Zoróspo tinha razão. O coraçãozinho tb... esse mesmo que já vinha me dizendo há alguns dias que a situação precisa mudar com urgência. Ou que eu pelo menos eu tenho que me focar melhor para que ela aconteça. Não dá mais pra adiar. Pois bem. Essa vida de adulto às vezes cansa, mas tem jeito não, ninguém vai salvar nossa Pátria senão nós mesmos e então, resta continuar batalhando para que a coisa aconteça de algum jeito.
Há duas semanas que eu acordava com o coração apertado, uma falta de fôlego. E então, que hoje, sem aperto nem nada, o sinal maior aconteceu. Juro que deu uma vontadezinha de, sem muita resistência ou pensamento subir naquela janelinha ali e saltar. E pronto! Mas eu não sou desses de desanimar, nem fugir à luta. Vai ver até por isso eu precisei de "O Leitor" para sacar que a covardia não é o melhor caminho.
Agora é correr atrás... e rezar a Deus que me proteja, e a quem estiver junto. Desculpem, mas o "nos" ficou no segundo plano.
sexta-feira, 13 de março de 2009
O Leitor...
Acabei nesse minuto o livro O Leitor, que deu origem ao filme estrelado pela Kate Winslet, rendendo a ela o Oscar tão merecido já pelas outras obras. Ainda não vi o filme, mas sei que não vou me decepcionar por ela, que é sempre tão densa e incrível naquilo que faz.
Na verdade não vim aqui para falar dela ou do filme, posto que ainda não o vi e, assim, não posso dizer. Mas sobre o livro, uma literatura simples, direta e sagaz. O protagonista, Michael, um jovem que conhece Hanna aos 15 anos e, então, passa a ter uma relação amorosa e obsessiva por ela. Os encontros seguem um ritual, a falta de conhecimento de um sobre o outro. As leituras que ele faz em voz alta para ela. O banho. O sexo. Até que, subitamente, ela desaparece e ele pensa que nunca mais irá vê-la. Eles se reencontram no tribunal, ele estudante sobre os casos do Holocausto. Ela, a ré, respondendo pelos crimes da guerra. O livro é sagaz no que reflete algo pouco dito até então, como a vergonha e a impotência da geração pós-Holocausto. Por outro lado, fala sobre valores, amor, ética. É atual, e ainda assim tão distante.
Enfim, roteiro posto, preciso explicitar minha indignação perante a covardia. Mesmo com a impossibilidade de julgar a covardia de um protagonista criado em cenário tão nostálgico e impotente. Mas, sim, a covardia de alguém que prefere divagar sobre as filosofias a assumir aquilo que sente, que vive, e que ama. E não, pois será possível amar alguém que cometeu tal atrocidade? Fato é que o "mocinho", sabendo lhe as razões, era o único que realmente a compreendia de todo. E ainda assim preferia abster-se a enfrentar o próprio medo de mudar o destino.
Não vivi tal extremidade, mas me orgulho de enfrentar minhas impotências. Afinal é preciso encarar os medos de frente para que se possa seguir o rumo. Creio! E não ficar agindo como um babaca estéril e inconformado, perante um extenso muro de inconformidades.
Por outro lado, será mesmo possível esse amor com tanto distanciamento? Será real? Talvez sim, para aqueles que não conheceram as possibilidades do sexo. Porque penso mesmo que esse conhecimento seja uma benção e um empecilho. Benção quando liberta o corpo e a mente dos calabouços da vida. Aqueles mesmos que torna tanta gente por aí impotente e insegura perante o desconhecido. E empecilho, posto que essa mesma liberdade desperta uma solidão ainda maior, que é a insatisfação ou a desistência.
Sempre me pergunto sobre essas coisas da vida. Se é possível a fidelidade, se é possível a continuidade. Ou se é nosso destino, findos os tabus, seguir por aí livres, porém incertos. Não tenho as respostas. Estas parecem sempre frágeis e incompletas, e vão se transformando com o caminho. Nessas horas, só um ponto final e uma distração para disfarçarem essa inquietação que me persegue...
Na verdade não vim aqui para falar dela ou do filme, posto que ainda não o vi e, assim, não posso dizer. Mas sobre o livro, uma literatura simples, direta e sagaz. O protagonista, Michael, um jovem que conhece Hanna aos 15 anos e, então, passa a ter uma relação amorosa e obsessiva por ela. Os encontros seguem um ritual, a falta de conhecimento de um sobre o outro. As leituras que ele faz em voz alta para ela. O banho. O sexo. Até que, subitamente, ela desaparece e ele pensa que nunca mais irá vê-la. Eles se reencontram no tribunal, ele estudante sobre os casos do Holocausto. Ela, a ré, respondendo pelos crimes da guerra. O livro é sagaz no que reflete algo pouco dito até então, como a vergonha e a impotência da geração pós-Holocausto. Por outro lado, fala sobre valores, amor, ética. É atual, e ainda assim tão distante.
Enfim, roteiro posto, preciso explicitar minha indignação perante a covardia. Mesmo com a impossibilidade de julgar a covardia de um protagonista criado em cenário tão nostálgico e impotente. Mas, sim, a covardia de alguém que prefere divagar sobre as filosofias a assumir aquilo que sente, que vive, e que ama. E não, pois será possível amar alguém que cometeu tal atrocidade? Fato é que o "mocinho", sabendo lhe as razões, era o único que realmente a compreendia de todo. E ainda assim preferia abster-se a enfrentar o próprio medo de mudar o destino.
Não vivi tal extremidade, mas me orgulho de enfrentar minhas impotências. Afinal é preciso encarar os medos de frente para que se possa seguir o rumo. Creio! E não ficar agindo como um babaca estéril e inconformado, perante um extenso muro de inconformidades.
Por outro lado, será mesmo possível esse amor com tanto distanciamento? Será real? Talvez sim, para aqueles que não conheceram as possibilidades do sexo. Porque penso mesmo que esse conhecimento seja uma benção e um empecilho. Benção quando liberta o corpo e a mente dos calabouços da vida. Aqueles mesmos que torna tanta gente por aí impotente e insegura perante o desconhecido. E empecilho, posto que essa mesma liberdade desperta uma solidão ainda maior, que é a insatisfação ou a desistência.
Sempre me pergunto sobre essas coisas da vida. Se é possível a fidelidade, se é possível a continuidade. Ou se é nosso destino, findos os tabus, seguir por aí livres, porém incertos. Não tenho as respostas. Estas parecem sempre frágeis e incompletas, e vão se transformando com o caminho. Nessas horas, só um ponto final e uma distração para disfarçarem essa inquietação que me persegue...
quinta-feira, 12 de março de 2009
Carinho
"E se você me achar esquisita, respeite também. Até eu fui obrigada a me respeitar."
Clarice Lispector
***
Eu a conheci assim, em meados de Outubro. Era minha primeira vez em Porto Alegre. A cidade do céu mais bonito que já vi. Por acaso ela era amiga d'amiga e tivemos identificação imediata. Sabe-se lá de onde a gente reconhece essa gente que se parece com a gente e, imediatamente, de alguma forma, já nasce o respeito mútuo. Não é preciso força nem insistência. É mágico. Então pelos olhos ela me diz, e pelo sorriso eu lhe respondo. E de resto, até o silêncio é capaz de criar diálogo.
Isso tudo, lembro bem, é pra ela. Mas também serve pra outros e outras, como essa aqui, por exemplo, que era a anfitriã. De ambas, o que posso contar, e que sempre é muito pouco para quem não as vê pessoalmente. É que têm uma capacidade admirável e apaixonante de tornar a vida assim mais leve. Quando soltam suas palavrinha aqui e ali, parece que o mundo ganha cores e até um grilo é protagonista. Isso porque, apesar da luta, que todos nós conhecemos bem muito, elas sabem viver de um jeito tão bom que chega a dar certa inveja. Chego até a desconfiar que Deus as tem por protegidas, e que dá de pronto aquilo que pode, mas só pra não levantar desconfiança nos outros. Posto que o jeito é tão doce e cativante que é impossível resistir-lhes. Fato!
Fato é, também, que foi culpa da mãe do Theodoro muitos dos bordões e clichês que carrego aqui nessa casa. Palavras e palavras que nasceram com ela, como que por osmose. E eu nem fico envergonhado, é certo, porque a vida é assim mesmo... e a gente soma o que vem por aí. Tem uns anos aí que a Dita entrou na minha vida. Nem conto porque não importa. Até porque mesmo o pouquinho que trocamos parece muito e desnecessário. A outra, das ervilhas, mais rara ainda, dá pra contar nos dedos as palavras, mas ainda assim é tão íntima e direta que sempre me fala lá no fundo, mesmo quando não fala pra mim.
Eu amo essas meninas como quem ama a Deus. Porque elas não precisam da presença para serem queridas. E só rezo para que sejam felizes. Coisa fácil, pois não depende de muito.
Clarice Lispector
***
Eu a conheci assim, em meados de Outubro. Era minha primeira vez em Porto Alegre. A cidade do céu mais bonito que já vi. Por acaso ela era amiga d'amiga e tivemos identificação imediata. Sabe-se lá de onde a gente reconhece essa gente que se parece com a gente e, imediatamente, de alguma forma, já nasce o respeito mútuo. Não é preciso força nem insistência. É mágico. Então pelos olhos ela me diz, e pelo sorriso eu lhe respondo. E de resto, até o silêncio é capaz de criar diálogo.
Isso tudo, lembro bem, é pra ela. Mas também serve pra outros e outras, como essa aqui, por exemplo, que era a anfitriã. De ambas, o que posso contar, e que sempre é muito pouco para quem não as vê pessoalmente. É que têm uma capacidade admirável e apaixonante de tornar a vida assim mais leve. Quando soltam suas palavrinha aqui e ali, parece que o mundo ganha cores e até um grilo é protagonista. Isso porque, apesar da luta, que todos nós conhecemos bem muito, elas sabem viver de um jeito tão bom que chega a dar certa inveja. Chego até a desconfiar que Deus as tem por protegidas, e que dá de pronto aquilo que pode, mas só pra não levantar desconfiança nos outros. Posto que o jeito é tão doce e cativante que é impossível resistir-lhes. Fato!
Fato é, também, que foi culpa da mãe do Theodoro muitos dos bordões e clichês que carrego aqui nessa casa. Palavras e palavras que nasceram com ela, como que por osmose. E eu nem fico envergonhado, é certo, porque a vida é assim mesmo... e a gente soma o que vem por aí. Tem uns anos aí que a Dita entrou na minha vida. Nem conto porque não importa. Até porque mesmo o pouquinho que trocamos parece muito e desnecessário. A outra, das ervilhas, mais rara ainda, dá pra contar nos dedos as palavras, mas ainda assim é tão íntima e direta que sempre me fala lá no fundo, mesmo quando não fala pra mim.
Eu amo essas meninas como quem ama a Deus. Porque elas não precisam da presença para serem queridas. E só rezo para que sejam felizes. Coisa fácil, pois não depende de muito.
quarta-feira, 11 de março de 2009
Nessas horas...
em que a vida fica morninha e calma. Quando eu penso que podia morrer tranquilo e feliz assistindo Slumdog Millionaire, com direito a chocolate quente e uma cama quentinha, e a chuva fina que insiste em bater na janela, eu até consigo acreditar que poderia me satisfazer assim, com quase nada.
Fato!
Fato!
terça-feira, 10 de março de 2009
Aqui a coisa funciona assim...
Quando não tem nada, é nada mesmo... deserto, vazio, carência, silêncio e culpa!
Mas quando tem algo, é tudo, e ao mesmo tempo, e agora, e já!
Não é atoa que eu me classifique naturalmente compulsivo, ansioso e intransigente. Culpa dos céus, que não se organizam. Pô!!! Qualé? Vamos estruturar o processo organizacional dos acontecimentos terrenos aí do alto? Se precisar até dou consultoria. Juro!
Mas quando tem algo, é tudo, e ao mesmo tempo, e agora, e já!
Não é atoa que eu me classifique naturalmente compulsivo, ansioso e intransigente. Culpa dos céus, que não se organizam. Pô!!! Qualé? Vamos estruturar o processo organizacional dos acontecimentos terrenos aí do alto? Se precisar até dou consultoria. Juro!
quarta-feira, 4 de março de 2009
Let's talk about LOVE
Isso mesmo, amor, em letras garrafais. É que acabei de assistir um episódio de Queer as Folk, o que sempre me deixa assim, pensativo e filosófico. Em suas devidas proporções, é claro. Mas fato é que primeiro tenho que reconhecer. Eu não falo sobre amor. Pelo menos não sobre esse amor estampado nos romances literários, ou registrado nas telas de cinema. Tenho até medo de falar essa palavra. Medo de quem diz essa palavra. O que em geral acontece no segundo encontro, ou nos 30 minutos. Gente doida. Gente doida. Amor não é assim não. "Love, takes time", já dizia Mariah Carey. Eu até falo "Te amo", mas aquele amor de "miguxo", mais leve e solto... brincalhão. E ainda assim com um medo danado das consequências. Não dá pra levar a sério. Não brinco com coisa séria, fato, o que me torna, às vezes, até insensível, chato. Ligo não. Claro que, como tudo, e longe do olhar alheio, não deixa de ser uma defesa. E o que não é.
Acontece que fui criado numa família meio estranha. Meu pai, atrapalhado pelo seu passado familiar confuso não conseguiu desvencilhar o nó a tempo. E então fui crescendo com a coisa assim, também confusa. Ele não sabia lidar nem mostrar seus sentimentos e eu não tinha maturidade nem força pra lidar com isso. Então fomos ficando, assim, distantes, pela nossa diversidade. Minha mãe, que perdeu os pais muito cedo, acostumou-se a transferir a paternidade perdida. Primeiro com a minha tia e sua irmã mais velha, e depois com meu pai, que a "adotou" numa cerimonia sagrada. Inversão de papéis das mais confusas. Ela cresceu submissa e eu, sem poder lidar com a psicologia alheia preferi me abster. Não sei nada sobre o passado deles, sobre a forma como se conheceram, sobre os dias de paixão. Sei que, com ela, meu pai aprendeu ou quis ter uma família. Certa, a seu modo. Como se assim pudesse corrigir as complicações do passado. E ela, por outro lado, preferiu acreditar e confiar no destino e deixar que o tempo cumprisse sua função. Hoje, ainda, eles vivem juntos. E do lado de lá mantém o rótulo de família. Eu, cá, prefiro ficar na minha. Pois há tempos que me desacostumei com a hipocrisia. Não que eles não sejam felizes. Tampouco quero dizer que estejam errados. Eles fizeram o que puderam. E às vezes, segurança é felicidade. E basta. Só não para mim que tenho dúvidas se ainda entenderei o significado do termo "satisfeito".
Fato é que nesse emaranhado de coisas o amor pra mim passou a ser algo muito mais sólido e milimétrico. Passou a ser o relógio despertando pela manhã. A dúvida sobre o que teremos para jantar. Passou a ser o pagamento de contas e a decisão dos programas no finde. O resto? Palavras bobas e comerciais criadas para alavancar as vendas. "Bullshit!"
Um dia, aliás por anos, eu acreditei em príncipe encantado. Esperava encontrar alguém que completasse, que satisfizesse, preenchesse... e então viveríamos para sempre em nosso castelo sagrado. Ele não veio... não chegou... e então me vali de algumas sessões de análise para acabar de matá-lo! Já não me bastassem os problemas com a família, o preconceito da opção, as dificuldades de aceitação, o abismo entre a realidade e o sonho... ainda teria que manter unzinho aí que nem mesmo existe e já me traz problemas? Não, chega. Sai pra lá Alladin. "All by myself" é meu grito.
No episódio a lésbica descobriu que sua avó manteve um amor lésbico também. Através das cartas, a amada preferiu manter o casamento que durou 50 anos. Na última carta, não aberta, já que a avó já havia falecido, a amada dizia que, apesar da escolha, ela foi o amor de toda a vida. E ela morreu sem saber disso. Lindo, né? Mas real? Será que é possível um amor assim acontecer, durar, tomar forma na realidade? Não sei, tenho minhas dúvidas. E já que não foi assim que aprendi prefiro crer nisso como fantasia. Daquelas que a gente precisa para continuar vivendo. Respirando. Buscando. E fingindo que nessa "Disney" tudo termina bem.
A realidade? Só Deus sabe, e alguns poucos privilegiados. A não ser que eles mintam, e Deus também. Então só nos resta acreditar no que quisermos. E quem quiser, que conte outra...
Acontece que fui criado numa família meio estranha. Meu pai, atrapalhado pelo seu passado familiar confuso não conseguiu desvencilhar o nó a tempo. E então fui crescendo com a coisa assim, também confusa. Ele não sabia lidar nem mostrar seus sentimentos e eu não tinha maturidade nem força pra lidar com isso. Então fomos ficando, assim, distantes, pela nossa diversidade. Minha mãe, que perdeu os pais muito cedo, acostumou-se a transferir a paternidade perdida. Primeiro com a minha tia e sua irmã mais velha, e depois com meu pai, que a "adotou" numa cerimonia sagrada. Inversão de papéis das mais confusas. Ela cresceu submissa e eu, sem poder lidar com a psicologia alheia preferi me abster. Não sei nada sobre o passado deles, sobre a forma como se conheceram, sobre os dias de paixão. Sei que, com ela, meu pai aprendeu ou quis ter uma família. Certa, a seu modo. Como se assim pudesse corrigir as complicações do passado. E ela, por outro lado, preferiu acreditar e confiar no destino e deixar que o tempo cumprisse sua função. Hoje, ainda, eles vivem juntos. E do lado de lá mantém o rótulo de família. Eu, cá, prefiro ficar na minha. Pois há tempos que me desacostumei com a hipocrisia. Não que eles não sejam felizes. Tampouco quero dizer que estejam errados. Eles fizeram o que puderam. E às vezes, segurança é felicidade. E basta. Só não para mim que tenho dúvidas se ainda entenderei o significado do termo "satisfeito".
Fato é que nesse emaranhado de coisas o amor pra mim passou a ser algo muito mais sólido e milimétrico. Passou a ser o relógio despertando pela manhã. A dúvida sobre o que teremos para jantar. Passou a ser o pagamento de contas e a decisão dos programas no finde. O resto? Palavras bobas e comerciais criadas para alavancar as vendas. "Bullshit!"
Um dia, aliás por anos, eu acreditei em príncipe encantado. Esperava encontrar alguém que completasse, que satisfizesse, preenchesse... e então viveríamos para sempre em nosso castelo sagrado. Ele não veio... não chegou... e então me vali de algumas sessões de análise para acabar de matá-lo! Já não me bastassem os problemas com a família, o preconceito da opção, as dificuldades de aceitação, o abismo entre a realidade e o sonho... ainda teria que manter unzinho aí que nem mesmo existe e já me traz problemas? Não, chega. Sai pra lá Alladin. "All by myself" é meu grito.
No episódio a lésbica descobriu que sua avó manteve um amor lésbico também. Através das cartas, a amada preferiu manter o casamento que durou 50 anos. Na última carta, não aberta, já que a avó já havia falecido, a amada dizia que, apesar da escolha, ela foi o amor de toda a vida. E ela morreu sem saber disso. Lindo, né? Mas real? Será que é possível um amor assim acontecer, durar, tomar forma na realidade? Não sei, tenho minhas dúvidas. E já que não foi assim que aprendi prefiro crer nisso como fantasia. Daquelas que a gente precisa para continuar vivendo. Respirando. Buscando. E fingindo que nessa "Disney" tudo termina bem.
A realidade? Só Deus sabe, e alguns poucos privilegiados. A não ser que eles mintam, e Deus também. Então só nos resta acreditar no que quisermos. E quem quiser, que conte outra...
segunda-feira, 2 de março de 2009
Depois quando falo...
Sim, eu só atraio gente doida! Só pode... se não é bonito, é ruim da cabeça. Se é bom da cabeça, é doente do pé. Será que nunca, oh Deus, a flechada será certeira e colocará aquele gatinho que peço todos os dias no meu caminho, Paizinho? Normal, nerd, meio bobo...E nem adianta falar que doido sou eu. Tá certo, um pouco, mas essa doidiça inda é sanidade.
Ah sim, claro! Tudo isso é por esse moço da última carinha que recebemos no Disponível. Eu nunca respondo. Mais parece um teste de popularidade. Mas é claro, óbvio, vejam bem:
PERFIL DO MOÇO
Sobre mim: Cool sexy, ever ready, someone fine, always steady, gentle hands, dirty mind. Words of love they dont wash with me, what s the rush no urgency you see. Crazy boy, potential lover, first and last lover brother there aint no other, Crazy, sweety, cool but racy. . .
Procuro por: Can you make me hot? Make me touch the ceiling? Can you read my mind? Can you gimme that feeling?
Bom, para aprendizado de alguns, para ter reconhecimento de outros, vou tentar anotar alguns pontos importantes:
1 - Se o cara mora em São Paulo e, se me mandou carinha, supostamente espera encontrar alguém de São Paulo. WHY CAN'T YOU SPEAK IN PORTUGUESE??? Tá certo, um curso de inglês tá caro e é um extra, não são todos que podem ter.
2 - Que brega né? Será que só eu que enxergo? Cooomo pode existir gente tão brega nesse mundo e ainda querer passar por normal. Frases como "first and last lover brother there aint no other" ou "Can you make me hot? Make me touch the ceiling? Can you read my mind? Can you gimme that feeling?" parecem frases de música da Mariah Carey. Além do que... rimam!
3 - Cool sexy? Mensagem subliminar?
4 - Eu tô em dúvida de diversos trechos. Mas minha proficiência intermediária me impede de falar com toda a certeza. Mas "Words of love they dont wash with me" ou "palavras de amor elas não lavam comigo"???
5 - Não vou expor o moço, mas a foto é óbvia: Negro gato com cara de fatal, olhos apertados e meio sorriso, barba mal feita e cara de... oi?
Sim, meu destino é morrer solteiro!!!
(Tá, na verdade é tudo uma desculpa pra dizer que acho que estou carente. Acho não, estou! Mas não gosto muito de admitir isso. Também, depois de tudo que mudou por esses dias? Finalmente caiu a ficha. É óbvio que ia cair a ficha. Mas admitir me torna fraco, bobo, ingênuo. Tudo aquilo que não gosto de ser! Embora a psico sempre venha dizer: relaxa, não é mal não. Não, me recuso. E talvez eu passe recusando a vida inteira até um dia perceber os ombros leves e dizer: "Uau! Que bobo que fui esse tempo todo!". Sim, eu sou exatamente assim, teimoso. Embora o assunto não seja esse, seja outro. E, por isso mesmo vamos voltar a ele. A solteirisse, no caso. Acontece que eu não precisava, assim, de um amor. Precisava, sim, de alguém pra cuidar de mim e pra dar o colo. Alguém pra me fazer simplesmente esquecer os problemas e não pensar em nada. Um branco, um vazio infinito na minha cabeça. Preocupações, alegrias, tristezas e melancolias. Tudo flutuando num branco branquinho em folha e eu absorto, ali, longe de tudo.)
Sim! Isso é amor pra mim nesse momento. E eu tô carente, um pouco, quase nada... o que dá uma desvantagem danada!
Ih... rimou!
PS.: Mans, adorei o selinho! Já está ali do ladinho. Obrigadinho! Beijinho! Xauzinho!
Ah sim, claro! Tudo isso é por esse moço da última carinha que recebemos no Disponível. Eu nunca respondo. Mais parece um teste de popularidade. Mas é claro, óbvio, vejam bem:
PERFIL DO MOÇO
Sobre mim: Cool sexy, ever ready, someone fine, always steady, gentle hands, dirty mind. Words of love they dont wash with me, what s the rush no urgency you see. Crazy boy, potential lover, first and last lover brother there aint no other, Crazy, sweety, cool but racy. . .
Procuro por: Can you make me hot? Make me touch the ceiling? Can you read my mind? Can you gimme that feeling?
Bom, para aprendizado de alguns, para ter reconhecimento de outros, vou tentar anotar alguns pontos importantes:
1 - Se o cara mora em São Paulo e, se me mandou carinha, supostamente espera encontrar alguém de São Paulo. WHY CAN'T YOU SPEAK IN PORTUGUESE??? Tá certo, um curso de inglês tá caro e é um extra, não são todos que podem ter.
2 - Que brega né? Será que só eu que enxergo? Cooomo pode existir gente tão brega nesse mundo e ainda querer passar por normal. Frases como "first and last lover brother there aint no other" ou "Can you make me hot? Make me touch the ceiling? Can you read my mind? Can you gimme that feeling?" parecem frases de música da Mariah Carey. Além do que... rimam!
3 - Cool sexy? Mensagem subliminar?
4 - Eu tô em dúvida de diversos trechos. Mas minha proficiência intermediária me impede de falar com toda a certeza. Mas "Words of love they dont wash with me" ou "palavras de amor elas não lavam comigo"???
5 - Não vou expor o moço, mas a foto é óbvia: Negro gato com cara de fatal, olhos apertados e meio sorriso, barba mal feita e cara de... oi?
Sim, meu destino é morrer solteiro!!!
(Tá, na verdade é tudo uma desculpa pra dizer que acho que estou carente. Acho não, estou! Mas não gosto muito de admitir isso. Também, depois de tudo que mudou por esses dias? Finalmente caiu a ficha. É óbvio que ia cair a ficha. Mas admitir me torna fraco, bobo, ingênuo. Tudo aquilo que não gosto de ser! Embora a psico sempre venha dizer: relaxa, não é mal não. Não, me recuso. E talvez eu passe recusando a vida inteira até um dia perceber os ombros leves e dizer: "Uau! Que bobo que fui esse tempo todo!". Sim, eu sou exatamente assim, teimoso. Embora o assunto não seja esse, seja outro. E, por isso mesmo vamos voltar a ele. A solteirisse, no caso. Acontece que eu não precisava, assim, de um amor. Precisava, sim, de alguém pra cuidar de mim e pra dar o colo. Alguém pra me fazer simplesmente esquecer os problemas e não pensar em nada. Um branco, um vazio infinito na minha cabeça. Preocupações, alegrias, tristezas e melancolias. Tudo flutuando num branco branquinho em folha e eu absorto, ali, longe de tudo.)
Sim! Isso é amor pra mim nesse momento. E eu tô carente, um pouco, quase nada... o que dá uma desvantagem danada!
Ih... rimou!
PS.: Mans, adorei o selinho! Já está ali do ladinho. Obrigadinho! Beijinho! Xauzinho!
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