sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Somethings never change...

Talvez por isso mesmo é que dá sempre uma preguiça de voltar à terra natal. Mas Natal é família, é assim mesmo... Eu fui pra lá, fiquei um pouquinho com eles antes de voltar e me preparar para o Reveillón...

A ceia foi ótema, a festa na casa dos amigos melhor ainda... preciso de grave penitência depois de todos os pecados gastronômicos. Mas o que posso fazer se tinha bobó de camarão, salada de maionese, pudim... fiquei bêbado antes mesmo da meia noite. Trocamos os presentes e minha irmã continua achando que eu tenho um pacto com os astros. Dessa vez não foi um porta incenso ou jardim zen, mas foi a biografia do Paulo Coelho, o que dá na mesma. Vou ler loucamente, mas não é daquelas que eu compraria. Ainda não entendo onde é que está a genialidade do moço, além do marketing agressivo, é claro. E um traseiro significativo, já que ocupa a tal cadeira.

Tb ganhei Entre Ossos e a Escrita, da Maitê. Esse sim é do caralho, uma reunião dos melhores textos que ela escreveu pra época. Incluindo um inesquecível em que ela discute a funcionalidade do 69. Eu concordo com tudo. Too much information, nesse caso... prefiro bem mais a calmaria de uma coisa de cada vez... Além do que a Maitê é uma mulher vivida e eu prefiro acreditar em 80% das inverdades ditas nUma Vida Inventada...

Fora isso, foi isso mesmo, porque logo em seguida o povo (leia-se: meus pais) resolveu ir pescar lá bem longe... Talvez pela ciumeira causada pela minha presença que sempre leva a uma disputinha entre eu e a mana. Mas ela joga sujo, afinal fala a linguagem deles. E eu continuo sendo a ovelha negra e desgarrada, o porra loka, o incendiário... Melhor assim, eu aqui e eles lá... Cada um no seu quadrado. Ficamos eu, o controle remoto e a banheira de espuma. Aquele item que todos querem ter em casa para usar no alinhamento dos astros. Porque banheira de espuma é coisa de quem tem três empregados em casa e só tem mesmo a obrigação de entrar ali e ficar se sentindo Marilyn Monroe por alguns minutos... até que venha o tédio e vc saia correndo pra fazer outra coisa. Há dignidade, é claro, no ato de se tomar um banho de banheira. Não basta ter uma em casa. Existe o ritual, a elegância, e isso é para poucos. Como aquela frase dita por não sei quem, que diz que "riqueza ou elegância não é questão de dinheiro". Por isso tô me esmerando no aprendizado, afinal nada mais deprimente do que um pobre rico. E eu cá com minhas moedas garanto estar me divertindo mais do que muitos.

A TV a cabo, salvadora da pátria, é outro dos luxos da casa de papai. Uns dez canais fechados, incluindo uns quatro de filmes é o grande lazer das tardes tediosas Americanenses. Mas o período natalino não ajudou, e fui obrigado a me contentar com umas duas sessões de Harry Potter e outras tantas de Spiderman. Bastava eu mudar de canal para ver o Hangrid atirando as pedrinhas. Um enfado!

Por isso mesmo voltei correndo para as terras paulistas. Para minha casinha de paredes brancas e poeira de construção. Porque aqui tudo sou eu. E aqui, sim, é minha casa...

Merry Cristhmans, dear friends!!!

7 comentários:

Serginho Tavares disse...

estou louco pra ler esse livro da maytê
aliás, esses livros
por aqui tudo foi bem engraçado
e voltar pra casa da gente sempre é melhor mesmo
beijos

Marion disse...

Demian, não há lugar melhor que nossa casa. Eu me sinto assim como vc. Me sinto à vontade na casa da minha mãe, gosto de ir lá, mas fico na boa mesmo aqui no meu cantinho, com as minhas coisas.

Nossa, que invejinha do seu banho de banheira! Faz tempo que não tomo um!

:)

Beijos e saudades

FOXX disse...

incendiário?

Anônimo disse...

Passei para deixar um beijo e desejo um mega 2009 para você, com muitos banhos de banheira.
Beijo.

Alline Katyuza disse...

eu sei como é.
depois que a gente sai da casa da mãe da gente e funda nossa própria rocinha hahahahaha tudo muda.


mas ó. feliz natal pra ti e feliz ano novo com tudo de bom que tu tem direito tá?

se estiver em terras cariocas, vamos nos encontrar, viu?

cerveja e lapa! beijos

S.A.M disse...

Nada como o nosso canto não é mesmo?

hehe

Por isso que eu falo, amo essa cidade!

Amo!

beijão e feliz 2009!

Anônimo disse...

Não deveria ser assim, não é? Parece estranho. Você se cria em um lugar, e anos mais tarde retorna representando um coisa que você não é. Mas aqui é assim, o ano todo. Sou um ator.

Abraços e feliz o que vier.

Enfil