Por que me tentas, demônio? Por que?
Lançando esses olhos apertados, essa boca úmida, esse cheiro de amor.
Escorre pelos meus dedos longos, pelo meu colo quente.
Sempre que me rendo a tocá-lo...
Ah menino, faz isso não!
Não te disseram que é feio?
E vc, alheio, sempre soube e concordou?
Mas como, sendo assim, mantém esse mesmo olhar ingênuo
Esse sabor inocente no teu caminhar sereno.
Como???
Essas palavras a procurar pelas minhas
Um contornar de versos, de prosa, de rimas...
Um bailar doce e sensual de objetos e sujeitos
Esses que não se cruzam
Não se dizem
Não se conhecem
E mesmo assim, como se seduzidos um pelo outro
Irresistivelmente resignados a essa dança eterna
Doce e monótona
Esse adivinhar de coisas, esse desejar constante
Esse querer sem fim
Ah, menino!!!
Não obstante, ainda assim hei de te condenar
E se o Universo, redentor dos meus sonhos
Cumpridor de promessas, realizador de desejos
Se este mesmo Universo assim não conspirar
E se puser a protegê-lo das penas a que hei de te dar
Dizê-lo hei teu cúmplice.
Reservarei o cárcere.
E a ambos irei me negar.
quarta-feira, 15 de dezembro de 2010
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5 comentários:
tentou ler de baixo pra cima?
fica outra coisa bem interessante tb.
rs... é verdade.
Não tinha visto por esse lado...
super adorei.
bj, gatão
Saudades Rodrigoooooooooooooo...
Qtos séculos...
Diogo, apoiadíssimo!!! Que 2011 traga um pouco de racionalidade para esse país!!!
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