segunda-feira, 14 de julho de 2008

Pára o mundo que eu quero descer!!!

Existem alguns motivos específicos para a pessoa abandonar assim o blog-solução-dos-meus-problemas-razão-das-minhas-virtudes-e-muro-das-lamentações. Um deles é a ausência absoluta de idéias ou razões para se pilotar o teclado na busca de soluções literárias.... Não é o caso.... Escrevo porque preciso (rá!). Nada de interessante tem acontecido? Hã? Hein? Nada que possa ou queira ser dito. Hummm, talvez! Queda de resistência, exílio coletivo, tempo escasso, vida própria, caos mundial, global warming. Ahhhhhhhhhhhhh!!! Bem, todas de certa forma são razões para eu sentir essa casinha aqui um pouco abandonada, desleixada, sujinha. Verdade. Mas sempre chega uma hora em que a gente vem tirar os lixinhos dos cestos, passar um álcool em gel (adoooro!), varrer o chão. Físicamente isso acontece aos sábados, aqui não tem dia certo. De certa forma é até uma psicose, uma síndrome ou queixa. Fato. E então, munido de vassoura, panos e escovinha... lá vou eu reestabeler a ordem, fugir da loucura, dominar o caos que existe aqui fora, aqui dentro, aqui nessa cabeça doida e insana que insiste em delirar a cada dia. Item por item, milímetro por milímetro, tarefa por tarefa... as cousas vão encontrando seus eixos, relevos encontrando seus vácuos, filiais encontrando matrizes e uauuuu vemos girar a manivela. Nessas horas de incandescência, entre as zilhões de cousas que se passam aqui dentro, entre a ordem e a loucura, entre a insanidade e o caos, entre o tudo e o nada. Uma em si, uma em destaque, uma em especial... é o desejo. Desejo que o mundo pare por um dia!!! Um só, unzinho. Um dia para ficarmos assim estáticos, livres, suspensos, astronautas, estrelas, imensidão. Todos nós desafiando as leis da Física, as leis da Química, as leis da Matemática... Todas as leis!!! Todas... Líricamente aéreos sobre nossas escrivaninhas, poetas perante o abismo, humanos perante o mundo. Um descanso para a loucura... para o medo... para o pânico!

Não há! E essa é a matemática perfeita e incompreensível desse mundo maldito, bendito, dito corriqueiramente nessas linhas, pela sequência dos fatos, dos passos, dos saltos entre um assunto e outro, entre o hoje e o amanhã. Entre o presente, o passado e o futuro. O eu. Eu sempre. Eu imortal. Escrevo porque preciso, escrevo porque descanso, escrevo porque registro, escrevo porque pontuo, escrevo porque eu paro, assim, escrevendo, esse segundo único e fatídico. Escrevo, escrevo, escrevo. E cada palavra fere em mim e cura em mim e causa em mim uma nova cousa nova. Novinha em folha. Prestes a acontecer. Iminente ou eminente. Hein? Escrevo como alguém que se vê embriagado sobre si mesmo. Alguém livre, alguém solto, alguém calmo, alguém cavalo, alguém escravo, alguém passivo, alguém louco, alguém rouco, alguém pouco. Alguém eu!

7 comentários:

Marion disse...

Demian, eu escrevo porque é necessário. Preciso desaguar os pensamentos que inundam a minha mente. O meu blog me ajuda muito, não vivo sem ele, mesmo quando não tenho idéias para postar eu invento! :)

E adoro o seu canto aqui! Beijos

Anônimo disse...

Dica do Vocô Marcelo:
"Querido, leve esse texto para a psicólologa e debata com ela a respeito? Por favor!"
Beijos.

Anônimo disse...

ERRATA: Leia-se "Vovô Marcelo", ok? (muitos risos)

Anônimo disse...

UM BLOG TEM QUE SER ESCRITO MOVIDO POR UM DESEJO SINCERO, UMA PAIXÃO. E ME PARECE QUE ISSO VOCÊ TEM. BOM!

Serginho Tavares disse...

as vezes eu nao sei porque escrevo mas sinto que tenho que fazer
é mais forte do que eu.

Pedrita disse...

meu blog é sobre a minha vida cultural, então é difícil eu desaparecer muito. sempre quero dividir o que vi. mas textos de nada são sempre preciosos. beijos, pedrita

Anônimo disse...

Blog nunca foi parâmetro confiável,não é? Muitas vezes deixei de postar e garanto que não foi por falta de acontecimentos na minha vida. Simplesmente porque não gosto de me expor...muito.

Abraços.

Enfil