sexta-feira, 18 de julho de 2008

Dolores Dolores!!!

Eu não sei que cargas d'água acontece vez em quando, mas chega sempre um momento em que as raízes astrais (afinal sou canceriano com ascendente em câncer) chamam. Daí fico assim, choroso e melodramático, figurinha fácil das cenas popularescas.

Primeiro foi a última cena da Lilian Cabral protegendo o filho - se bem que eu ultimamente já choro em todas as suas aparições na novela, argh - que PUTAQUEOPARIU, chega a ser uma tortura. Depois foi o especial da Dolores Duran, tão inspirada e intensa, praticamente um cometa vibrante que passou por nós e até hoje deixa seu rastro... como queria escrever como ela, essas músicas que sempre estiveram na minha cabeça, mesmo sem identificação. E agora... o Enfil!!!

Enfil, eu realmente não sei o que dizer... mas esse trechinho me tocou muito. Tá certo, ainda não entrei, de fato, nos capítulos e episódios relacionados à família para que possam entender as dores e mágoas que estão guardadas nas entrelinhas. Elas precisam de muito mais palavras e tempo pra serem esmiuçadas, além do que eu de-tes-to fazer o papel de mal-amado, coitado, vítima-do-destino e pobre-infeliz. Talvez tudo tenha um certo exagero, sim, da minha parte, confesso! Mas não é de hoje que me criei ao tudo ou nada. Uma Dolores Duran dos sentimentos! Embora essa faceta tenha sido muito bem guardada durante todos esses anos. Culpem os astros, não tenho nada a ver com isso. Mas enfim, Enfil, eu já me debati com essa sensação inevitável. E, se por um lado, minha vida sempre tenderá a cumprir o caminho inverso ao deles, por outro, a natureza não se dará por vencida ao nos confrontar com nossa identidade.

Não vou navalhar minha cara!!! Até porque seria um pecado depois de anos de cuidados com a pele. Além do que sou beeeeem "bonitinho" para tamanho desperdício. rs... e a situação não é para tanto, obviamente. As palavras é que tem o poder de acentuar ou entregar determinadas sensações, sendo culpadas por compreensões inadequadas, deixo claro.

Em resumo, diria que tudo não passa daquele velho conflito entre o ideal e a realidade. Crime bobo que insistimos em cometer no caminho. A diferença entre o que a gente quer, e o que a gente tem. E as acentuações se devem apenas ao processo atual, de confrontar o passado para poder se libertar dele. Parar de ter pena de si mesmo e assumir o absurdo! Ou simplesmente, deixar o barco correr, ao vento, sem tempo, sem peso... simples assim... ninguém falou que seria fácil, não é?

Um comentário:

Marion disse...

Demian, nem sempre o que queremos é possível, ou mesmo tão fácil. Por isso é importante não se desesperar no meio do caminho. E pense, a felicidade no final das contas é feita das pequenas coisa, pequenos prazeres.

Beijos