Referências...

Às vezes sinto que sofro um pouco de Osmose. Calma, não é doença!!! É que eu tenho um estranho poder de assimilar aquilo que gosto e ir incorporando isso aos poucos. Na época, por exemplo, em que comecei a ler Saramago, tudo na vida virou meio Saramago, as palavras, os gestos, as loucuras, o ritmo... Nesse momento de transformações zen e rompimentos, as referências foram a biografia passionalíssima de Maria Callas (sim, eu tenho talento para melodramas) e a peregrinação de Sidarta, do Hermann Hesse. Um dos mais queridos, entretanto, e que teve identificação imediata foi o genial Aritmética da Fernanda Young - eu tenho esse apego às balzacas. É que tenho um profundo respeito pela loucura alheia. Juro! Acho que dá até uma certa dignidade, um ar de realidade, um charme essa inconstância, essa afetação feminina meio sem rumo, esse senso (ou falta de) do acaso.

Noutro dia mesmo, com a psico, eu estava levantando o quanto tenho referências femininas na minha vida. Aliás eu quaaaaase SO tenho referências femininas. Freud explica! Mas é que esse universo de inquietações me chamou sempre tanta atenção que se vc me perguntar de pronto uma pessoa que admiro com certeza será mulher! A bem da verdade eu não consigo assim pensar de pronto em um cara que me tenha abalado? Ewan McGregor em Moulin Rouge? Jim Carrey em Brilho Eterno de uma Mente Sem Lembranças? Caio Fernando de Abreu e o conjunto da obra? Muito abrangente, muito abrangente...

Na fila de espera:

Clube dos Anjos - Luiz Fernando Veríssimo
O diário de Bridget Jones - Helen Fielding
Onde andará Dulce Veiga? - Caio Fernando de Abreu