sábado, 22 de novembro de 2008

Desventuras - Parte 3...

Sempre me pareceu difícil lidar com ingenuidades. É que, de mim, uma parte foi arrancada abruptamente, deixando tudo vivido a meio termo. A inocência transformou-se em curiosidade, depois em dúvida, depois em ímpeto. E assim passou anos, incerta e errante, pela vida afora, me metendo em tropeços e peripécias de todos os tipos. Deixando aquela sensação que querer ser de um jeito, agindo de outro. Foi preciso, talvez, caminhar pelo caminho oposto. Pois desvendando a minha penumbra pude desvendar a mim mesmo e reconhecer meus limites, encontrar as respostas para descobrir o caminho do meio, do equilíbrio. Sei que parecem confusas todas as coisas que vêm surgindo nessas últimas palavras, meio piegas até. Mas é que alguma porta nova está se abrindo aqui dentro, uma nova perspectiva que exige nova postura. Talvez seja apenas eu, redescobrindo minha própria inocência, uma ingenuidade que já nem sabia mais que existia. Talvez seja apenas uma pequena saturação, depois de um período meio intenso e explosivo. Talvez seja só um recomeço, reset e suas derivações. Fato é que preciso voltar a me admirar novamente! Retomar o menino, o bom menino, aquele alguém que existe lá dentro e que, por um tempo foi esquecido... Quem sabe esse é o caminho???

2 comentários:

Marion disse...

Demian, eu acho que você não deveria tentar analisar tanto o momento em que vive. Viva apenas... tem coisas que a gente não tem como extrair coerência ou mesmo um significado. Deixe acontecer, e aí vc verá que saberá agir de maneira adequada para a nova realidade.

Beijos

O Menino que Voa disse...

Oi oi oi Demian! Antes de tudo, curti nosso papo pelo MSN ontem. Como voce, eu tb curto conhecer as pessoas por tras de seus textos e de suas andanças. Agora, aos comments: a atitude infantil é uma coisa que nunca deveria se perder. A inocencia, no mundo de hoje, se perde cada vez mais cedo. É praticamente impossível mate-la por muito tempo e eu, pessoalmente, nem acho saudável. Contudo, manter-se numa atitude "infantil consciente" faz com que não busquemos a felicidade. Ela se encontra no interior de cada um de nós e podemos, simplesmente, deixa-la aflorar. Acredito que a maioria dos problemas adultos acontecem porque não deixamos nossa criança interior sair pra brincar. E eh essa mesma criança que recebe um safanão da mãe vida, mas imediatamente corre para o seu próprio colo para afagos depois de um choro incontido. Já pedia Gonzaguinha para "viver e não ter a vergonha de ser feliz". E eu somo: "cantar e ser criança, sempre". Nao precisa ser ingênuo, mas seria ótimo ser FELIZ SEMPRE.